As vidas boas do presidente que tentou ser jogador: «Era o nosso guarda-redes suplente»
Boas são as vidas dos que não se cingem a apenas uma coisa. O novo presidente do FC Porto, que tomou posse esta terça-feira após uma esmagadora vitória nas eleições, está bem ciente disso.
André Villas-Boas é um homem de aventura. Ganhou fama nacional e internacional como treinador, tendo brilhado especialmente num 2010/11 recheado de troféus, mas chegou até a cumprir sonhos no desporto motorizado antes de se atirar, este ano, à gestão de uma das maiores instituições de Portugal. Vidas boas, lá está, estas que tão cheias são.
A esmagadora dos adeptos, especialmente os azuis e brancos, já conhece a história. O que menos pessoas sabem é que este homem do renascimento em versão desportiva, como tantos outros, começou a aventura como jogador. Quem de perto acompanhou esse início, fala ao zerozero de um miúdo «afável» e «agregador». Características fáceis de identificar hoje, três décadas depois.
Mais um dia de treino nos juniores do Ramaldense e lá vinha o Cenourinha, guarda-redes que tinha tanta qualidade entre os postes como a sua alcunha tinha de criatividade. Corria o ano de 1994.
Chegava com as mãos no guidão de uma bicicleta de BTT e no saco trazia, além de luvas e chuteiras, uma capa onde guardava as análises à sua e às outras equipas. Quem o enxergasse bem, talvez conseguisse prever as coisas que o futuro guardava…