Um dérbi de grandes

Um dérbi de grandes

… histórias, emoções e clubes. Versão 152 do tão aguardado e aclamado Dérbi do Minho, um dos maiores, mais intensos e sentidos do futebol português. Com o terceiro lugar, normalmente destinado ao mais infeliz dos três grandes, na mira – sobretudo no caso bracarense -, Vitória SC e SC Braga sobem ao Estádio D. Afonso Henriques na 33ª jornada, a penúltima da Liga Portugal Betclic.

Como todas as rivalidades magnânimas, esta também é, inevitavelmente, feita de história e, por isso, analisando numa primeira instância – antes de passar para as especificidades do confronto de sábado – o registo entre os dois emblemas. Desde o primeiro – que há registo no zerozero – até ao do início de 2024, foram registadas 57 vitórias para conquistadores, 62 para os guerreiros e 32 empates. Se olharmos para o passado recente, o desequilíbrio – aí sim – é maior, tendo em conta que os vitorianos apenas venceram três dos últimos 18 embates – 11 triunfos bracarenses.

A presente temporada do conjunto de Guimarães foi atribulada, com altos e baixos constantes. Começou com Moreno, levou umas – infelizes – pinceladas de Paulo Turra e ganhou asas para sonhar com Álvaro Pacheco – que vai terminar, pelos vistos, perto da porta de saída.

Apesar de tudo, foi positiva: deu confortavelmente para o quinto lugar e a chama do terceiro esteve acesa até bem perto do final – não está apagada, mas – convenhamos – é praticamente impossível. Ainda assim, o sonho foi possível muito graças a Jota Silva, melhor marcador da equipa, com 15 golos – muitos deles, da vitória.

Curiosamente, a época do Vitória SC é semelhante à do SC Braga no que aos altos e baixos diz respeito. Prestações meritórias na Liga dos Campeões, mas eliminação na Europa contra o Qarabag; vitória na Taça da Liga com vitória sobre o Sporting pelo caminho, mas só um empate, até ver, contra os grandes no campeonato. Ainda assim, positiva: luta até ao final pelo terceiro lugar.

Os bracarenses destacam-se, sobretudo, pela capacidade de, mesmo na mó de baixo, marcar a qualquer altura: mais de 100 golos marcados nesta temporada. Por outro lado, a manobra defensiva é periclitante e, por isso, preocupante: pior defesa dos primeiros dez classificados.

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