Assim ninguém quer andar sozinho

Assim ninguém quer andar sozinho

Caro leitor, antes demais, delicie-se.

Visto isto, é impossível olhar para esta vitória do Dortmund – 1-0, frente ao Paris SG na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões – e não pensar: «Já só faltam 90 minutos.»

Com menos favoritismo, como foi na fase de grupos e nos quartos de final, o Dortmund voltou a suportar-se no sempre impressionante Signal Iduna Park, perito em deixar o mundo boquiaberto e em empurrar onze homens rumo ao objetivo comum.

Hummels e Schlotterbeck vs Mbappé, Sabitzer vs Donnaruma e Dembélé vs o lado esquerdo da defesa amarela. A primeira parte esteve repleta de duelos peculiares, cativantes e agradáveis. Numa primeira parte equilibrada, mas a espaços dominada pelos alemães, Dembélé foi o mais inconformado, único francês a remar contra a maré. Pelo flanco direito, criou, tentou assistir e visou a baliza, sempre sem êxito.

Contudo, como referido, foi o Dortmund que andou mais perto do golo e Sabitzer foi o maior exemplo disso: obrigou Donnaruma a, pelo menos, um par de importantes defesas. O trabalho dos centrais alemães, com a dura tarefa de secar Kylian Mbappé, foi irrepreensível. Secaram os adversários e, como se não bastasse, construíram o golo.

Schlotterbeck, sem fazer prever e com a bola ainda atrás do meio-campo, serviu Füllkrug, até então algo desaparecido, com conta, peso e medida. O avançado isolou-se e ficou na cara do golo: frente ao italiano, escolheu um lado e rematou seco para abrir o marcador.

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