Pinto da Costa: «A Lista B fez de tudo para dividir o clube»
É um dia decisivo para o FC Porto. O ato eleitoral já começou e Pinto da Costa, atual presidente e candidato à presidência do clube, exerceu o direito de voto pelas 15 horas e, de seguida, falou aos jornalistas sobre o sentimento que reina.
Recorde de votantes: «Estou confiante na medida em que, durante a campanha, lidei com imensas pessoas, não só aquelas com quem fui ter, mas também aquelas que vieram ter comigo, e transmitiram-me uma confiança grande. Às vezes, isso não é correspondido nas urnas, mas estou confiante. Os sócios é que escolhem, e o que escolherem, por mim, está correto.»
Sérgio Conceição e a Academia: «Por que havia de esperar, se o candidato da Lista B me andava a criticar de não ter já fechado há mais tempo com o Sérgio Conceição? Se o candidato disse que a primeira coisa que faria era sentar-se com Sérgio Conceição? Não devia ser só para saber se dorme bem para o contratar. Se era vontade dele e minha, não havia por que perder tempo. O Sérgio Conceição é um treinador muito requisitado, felizmente para ele, por outros clubes. Não íamos arriscar, de maneira nenhuma, não o fazer. Não percebo onde está a crítica. Também ouvi críticas do negócio que fizemos do estádio. Não percebo onde está a falta de ética. Podíamos ter recebido já os 65 milhões de euros e fizemos questão de os receber só em junho, para que seja a nova direção a recebê-los. Não quisemos fazer isso para antecipar receitas. O centro de estágio era uma necessidade premente. Criticavam-nos por demorar tanto tempo. Estamos com este processo há dois anos. Só no momento em que conseguimos ultrapassar todas as dificuldades, muitas postas pela Lista B, com queixas anónimas disto e aquilo, obviamente, fizemos a escritura.»
Tensão das eleições: «A Lista B fez de tudo para dividir o clube, inclusive, influenciar os resultados das nossas equipas, como provarei, quando isto acalmar. É natural ser tensa, que as pessoas colocam entusiasmo, mas ultrapassou as marcas, ao haver pessoas da Lista B que insultaram membros da minha lista e a mim próprio. Isso não é próprio de candidatos a dirigentes do FC Porto, mas, fechadas as urnas, esquecerei isso, e teremos de ser todos do FC Porto.»
Operação Pretoriano: «Se os adeptos souberem que os afetos à Lista B, antes dessa Assembleia Geral, apelaram a toda a gente que viesse em massa filmar, se reunisse em grupos, chamasse os jornalistas e a polícia… Quando os sócios souberem, realmente, como se passou, acho que isso nos beneficiará muito.»
Plano B, caso perca: «Se eu não ganhar, continuo por aqui, mas sem funções. Passo a ser um sócio que vive o clube sem responsabilidades, sem problemas, sem preocupações. Sou sócio do FC Porto há mais de 60 anos, não é altura de deixar, nem nunca o faria. Já estive fora da direção e não deixei de apoiar o FC Porto a toda a parte. O FC Porto é uma coisa. Eu sou sócio e adepto do FC Porto, isso é uma coisa. O ser dirigente é outra, que me dá responsabilidades e preocupações. Se não vencer as eleições, deixo de ter as preocupações, mas continuo a acompanhar o FC Porto em todas as modalidades.»