Rui Costa sobre as contestações dos adeptos: «Houve episódios que não foram bonitos…»

Rui Costa sobre as contestações dos adeptos: «Houve episódios que não foram bonitos…»

Rui Costa mostrou-se compreensivo com a elevada contestação dos adeptos do Benfica face ao fraco rendimento desportivo na presente temporada. No entanto, o presidente dos encarnados confessou o seu descontentamento por alguns «episódios que não foram bonitos.»

«Acredito que este ano tenha sido um ano de grande frustração pelo facto de as expectativas terem sido bem altas. Éramos campeões nacionais e começámos a época com as expectativas bem lá em cima, começámos por ganhar a Supertaça, tínhamos reforços de peso que nos permitiam pensar que a época fosse ainda mais gloriosa, e queríamos que fosse. E houve uma frustração grande da parte dos nossos adeptos dentro da exigência que é natural num clube como o Benfica», referiu, numa primeira instância, em entrevista alargada a alguns orgãos de comunicação social, realizada no Seixal.

«Houve exibições que não agradaram e que não satisfizeram e elevaram a crítica. Crítica essa que respeito, contestação que respeito, como é óbvio, mau era se assim não fosse. Mas como disse Roger Schmidt, é evidente que quem está nesta posição, dentro de campo, como treinador, o que pretende para o clube é que o clube esteja unido», acrescentou.

O líder das águias fez, ainda, um apelo para a nova época, pedindo à massa associativa para não repetir alguns comportamentos que considerou inadequados: «Só todos juntos podemos alcançar alguma coisa e sabemos o quanto valemos todos juntos. Este ano houve episódios que não foram bonitos, é inegável que aceito e respeito as contestações. Há um limite para elas e não beneficia ninguém, não beneficia quem está dentro de campo, como é óbvio. Não é nesse clima que consegue expressar-se da melhor forma.»

Sobre o incidente em Faro, no qual Roger Schmidt foi atingido por uma garrafa atirada das bancadas, o dirigente foi perentório: «Falámos [eu e o treinador] sempre a cada situação passada. Falámos sempre e analisámos tudo. Custou-me muito, não a contestação, os assobios, mas o dia do jogo com o Farense em casa. Provavelmente, por não estar habituado. Extrapulou-se a contestação. Não vou esconder a irritação com que o treinador estava. Foram ultrapassados limites, custou-lhe aceitar isso. E temos de aceitar que lhe tenha custado. Foi a pessoa que levou com a garrafa e não foi agradável. Temos de aceitar também, que são seres humanos, que pode haver um momento de alteração.»

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