Conceição e a «conversa» com AVB: «Faz-me lembrar o Tratado de Zamora»

Sérgio Conceição, técnico do FC Porto, abordou – em conferência de imprensa de antevisão à partida diante do Chaves – um dos tópicos mais abordados nos últimos dias: a nova presidência de André Villas-Boas, o abraço entre «os presidentes» e o comunicado «polémico» da agência de Iván Jaime.

O treinador portista mostrou-se cauteloso e admitiu, novamente, estar disposto a falar com André Villas-Boas.

O abraço entre Pinto da Costa e André Villas-Boas: «Não tenho de meter legenda nenhuma. É o presidente que perdeu as eleições, o outro que ganhou. A passagem de testemunho vai acontecer. Mas tenho de me focar no que é importante e viver um pouco à margem deste ruído e deste período do nosso clube. Agora, gosto de ver duas pessoas a abraçarem-se [risos]»

Já houve uma conversa com Villas-Boas? «Isto faz-me lembrar o tratado de Zamora, em 1143, penso entre o D. Afonso Henrique e o seu primo. É uma conversa normal de um presidente para um funcionário do clube, que é o treinador. Todas as questões que o André Villas-Boas quiser falar comigo, eu vou responder. Mas vai falar com vários funcionários do clube e eu acho absolutamente normal. Não vejo nada de estranho [na conversa].»

Sobre o comunicado da agência de Iván Jaime: «A equipa técnica decide o que fazer em função da produção e do trabalho dos atletas. Podem trabalhar vários grupos diferentes e nós temos uma equipa profissional grande. Todo esse ruído não tem haver comigo. Faço as minhas escolhas e o meu trabalho. Vi o comunicado, mas não li.»