Diretor desportivo do Vizela e as críticas: «Ninguém obrigou ninguém a vender…»
Na sequência da passagem dos destinos da SAD do Vizela para as mãos de investidores espanhóis, Toni Dovale chegou à localidade minhota para assumir a pasta de diretor desportivo, função que desempenha desde o passado mês de outubro. A primeira época no emblema vizelense não terminou da melhor maneira, fruto da descida à II Liga, mas tal não tira o ânimo ao dirigente de 34 anos, que, em entrevista a O JOGO, fez questão de defender a posição da SAD das críticas que a sociedade foi alvo, nomeadamente, por parte do presidente da câmara e do clube.
«Infelizmente, quando cheguei, a equipa já estava numa situação delicada. Temos o máximo respeito por todos os adeptos, e também pelo presidente do clube. A SAD ouve todos os amigos e as pessoas que estão à volta do clube, mas estas não têm nenhum peso nas decisões», começou por dizer.
«O clube vendeu, há uns anos, uma percentagem muito importante do seu capital social à SAD, que é uma empresa privada que visa o lucro, financiada com capital privado e que investe aqui muitos milhares de euros todos os meses para que os funcionários possam receber os seus salários, pelo que toma todas as decisões que considera adequadas sem pedir autorização a ninguém», explicou ainda.
«Ninguém obrigou ninguém a vender nada, não posso vender-lhe a minha casa e dizer-lhe de que cor pintar as paredes. Aliás, seria muito difícil o clube ter uma equipa na I ou II Liga noutro contexto», acrescentou.