Se me vais deixar…

Se me vais deixar…

…Leva-me contigo. O título da célebre música de Tony Carreira podia bem resumir o jogo entre o Vizela e o Estrela da Amadora. Os da casa venceram por 4-0, numa partida em que os tricolores precisavam de vencer para entrarem mais tranquilos na última jornada do campeonato. O Estrela fez, muito provavelmente, o pior jogo da temporada. Apáticos, inoperantes e desinspirados, os comandados de Sérgio Vieira foram uma sombra de si mesmos na tarde solarenga do Minho. O Vizela vai para a Segunda Liga, mas o Estrela pareceu ter vontade de os acompanhar.

Os primeiros minutos de jogo foram tudo, menos futebol. Mal Luís Godinho apitou para o início da partida, uma multidão virou-se para a zona onde estavam os dirigentes vizelenses e começou a contestação, já habitual. Joaquim Ribeiro, Toni Dovale, Rúben de la Barrera e Lacava foram os principais visados dos cânticos e apupos dos adeptos vizelenses. Enquanto isso, o Vizela chegava-se à frente e mostrava-se superior ao Estrela dentro das quatro linhas.

Numa fase em que os protestos ainda não haviam terminado, os da casa chegaram ao golo. Lokilo penetrou a área pela direita, rematou, Brígido defendeu mas na recarga, o capitão Samu encostou para o primeiro. Vantagem justa diante de uma equipa tricolor muito longe da imagem competitiva que tem deixado ao longo de toda a temporada. Samu, na quinta temporada de rainha ao peito, foi homenageado pouco depois, com muitos aplausos ao minuto 20´, número da sua camisola.

Sérgio Vieira, insatisfeito com a prestação da equipa, recorreu ao banco desde cedo. Jean Felipe rendeu Hewetton aos 31´, Kikas e Nilton entraram para os lugares de Rúben Lima e Pedro Mendes (lesionado). Estas alterações não surtiram muito efeito até ao fim do primeiro tempo, com o Vizela, no meio de um mar de instabilidade, a ser a equipa mais coesa em campo.

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