Conceição: «O timing da renovação é o que menos belisca a opinião de todos os sócios»
Sérgio Conceição, em conferência de imprensa, realizou a antevisão ao clássico diante do Sporting, em jogo a contar para 31ª jornada, e abordou um dos tópicos mais sensíveis no mundo azul e branco: a recente renovação de contrato, a poucos dias do ato eleitoral no emblema portista.
Conceição sublinhou que o contrato já estava «apalavrado», recusou a ideia de ter um Dragão com um «ambiente estranho», devido aos resultados das eleições e não abriu o livro sobre o facto de ir (ou não) votar nas eleições portistas.
Renovação de contrato: «O timing é o que menos belisca a opinião de todos os sócios do FC Porto. Acredito que não seja no último ou penúltimo dia que eles vão decidir alguma coisa que esteja dentro do programa dos candidatos. Queria dizer que meti no papel algo que já estava apalavrado com o presidente. Posso ter uma relação muito forte com o presidente, porque é meu amigo, mas ele tem muitos amigos que não servem o FC Porto, porque não vê competência neles. E foi dessa forma que vi os últimos sete anos. Voltar a ter a hegemonia e continuarmos a ser o único clube pentacampeão em Portugal. Em termos de títulos, temos os mesmos que os nossos rivais têm nos últimos anos [n.d.r: Conceição refere-se aos últimos quatro anos].»
Ambiente «estranho» no Dragão na ressaca das eleições? «Se for a ressaca de uns copos, isso é que é mau. Mas a ressaca de um clube que está com uma vitalidade incrível, onde já votaram cerca de sete mil sócios… Isto é bem demonstrativo da paixão e da vida do clube, porque no fundo quem faz e promove essa vida são os sócios. Nós temos muitos e muito apaixonados pelo clube, a prova disso é esta grande afluência às urnas e, sinceramente, não tem de ser uma ressaca. O termo normalmente é de algo negativo, mas acho que aqui é algo muito positivo para o clube. Espero que finalize da forma que eu quero e sinto que é o melhor para o nosso futuro próximo. Se não acontecer, os sócios é que decidem. Não há ressaca nenhuma, há sim o foco no jogo de amanhã.»