Sonhar e não afundar
Não há como escapar. O navio do Chaves, na Primeira Liga, está cada vez mais afundado e longe de chegar a bom porto. Restam, não obstante, quatro bóias de salvação: Famalicão, Sporting, Rio Ave e Farense. Isto, porque não basta ao conjunto orientado por Moreno vencer os dois jogos que restam, mas também esperar por duas derrotas do Portimonense.
Um cenário complicado para o emblema flaviense que defronta uma equipa motivada na jornada 33 – Famalicão vem de uma vitória diante do Benfica – e o campeão português na última jornada. Em adição, Moreno já sabe que não vai poder contar com Carraça, Pedro Pinho, Cafú Phete e Júnior Pius, mas permanece confiante.
«É o nosso último jogo em casa e eu acho que, essencialmente, pelos nossos adeptos, que tiveram um ano difícil, não tiveram as vitórias que mereciam, e que esperavam, teremos de nos entregar com tudo ao jogo e deixar um pouco de parte essas contas [da manutenção], que nós temos noção, que são a realidade, mas não nos focarmos tanto nisso», afirmou em conferência de imprensa.
Do outro lado, o Famalicão. Uma equipa motivada, sem pressão, mas com um olhar cético, como aponta Armando Evangelista: «Não acredito que ninguém atire a toalha ao chão e, se nos deixarmos embebedar com a vitória frente ao Benfica, vamos passar mal , pelo que uma das minhas funções é manter os jogadores ligados.»
Os dados estão lançados e o único resultado que interessa ao emblema flaviense é a vitória – empate (ou derrota) define a descida de divisão -, mas, do outro lado, um Famalicão recheado de juventude, motivação e com a esperança de superar os 44 pontos da época transata.