Operação Bilhete Dourado: PSP divulga pormenores das buscas

Já são conhecidos mais detalhes sobre a Operação Bilhete Dourado, que levou a uma série de buscas domiciliárias e não domiciliárias, no último domingo, na área do Porto. A operação está diretamente relacionada com a claque do FC Porto, Super Dragões, e com a bilhética do clube azul e branco. O Ministério Público (MP) acredita que está em prática uma «atividade ilícita altamente rentável» em torno da bilhética portista.

Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública (PSP) revelou que a operação de domingo resultou na constituição de 13 arguidos – oito homens e cinco mulheres – e numa série de apreensões. As autoridades apreenderam três mil bilhetes, 44.400 euros, documentos, material informático e de telecomunicações e ainda uma tocha. De recordar que esta ação policial resultou na ausência dos Super Dragões nas bancadas do Estádio do Dragão para assistir ao jogo frente ao Boavista. Sem bilhetes para aceder ao recinto, a claque ficou a apoiar a equipa do lado de fora.

A operação policial teve início na manhã de domingo, com o FC Porto a revelar buscas na loja do associado do Estádio do Dragão e também na Porto Comercial. Segundo o comunicado agora emitido pela PSP, a investigação teve como objetivo «a apreensão de meios de prova da consumação dos crimes de distribuição e venda de títulos de ingresso falsos ou irregulares.»

As autoridades apontam ainda aos crimes de «distribuição e venda irregular de títulos de ingresso» e «abuso de confiança qualificado», sendo que foi confirmada a execução de «14 buscas domiciliárias e quatro não domiciliárias, nas áreas do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia.»

A ação policial derivou da certidão extraída do inquérito que levou à Operação Pretoriano, na qual foi detido Fernando Madureira, líder dos Super Dragões. O MP suspeita da existência de um esquema em torno da bilhética portista, que terá o envolvimento de membros da claque e de funcionários do clube, no sentido de adquirir bilhetes para os jogos dos azuis e brancos e posteriormente vender os ingressos no mercado negro.