O português que foi campeão nos Emirados e que já trata o continente asiático por tu
*com Diogo Moreira dos Santos
O Al Urooba conquistou o título de campeão da segunda liga dos Emirados Árabes Unidos e conseguiu a tão desejada subida ao primeiro escalão. A equipa de Fujairah festejou após um trajeto marcado por 22 vitórias, numa época que pode ser descrita como ‘de sonho’- o clube averbou apenas uma derrota até ao momento.
O responsável por esta caminhada foi Bruno Pereira, técnico natural do Funchal que somou assim mais uma conquista ao seu palmarés no que diz respeito ao Médio Oriente (já havia conquistado o campeonato em Omã e a Supertaça no Barém). O treinador português, que iniciou a carreira em 2004, mudou-se para o estrangeiro enquanto treinador principal em 2017 pela porta do Al Nahda, de Omã.
As passagens por clubes do Barém, Omã e Tailândia abriram as portas à chegada de Bruno Pereira ao futebol dos Emirados Árabes Unidos, país no qual brilhou agora em 2023/24. A equipa, que na temporada 2022/23 não tinha ido além de um modesto 12º lugar, reverteu a situação com a chegada do português e alcançou pela terceira vez na sua história o primeiro escalão.
Em entrevista ao zerozero, o treinador falou do trabalho desenvolvido, fazendo uma reflexão sobre o seu trajeto até ao momento e deixando também pistas sobre o seu futuro.
ZEROZERO (ZZ): Mais uma conquista, desta vez a subida à primeira divisão dos Emirados Árabes Unidos. Como surgiu a oportunidade de comandar o Al Urooba?
Bruno Pereira (BP): É verdade, mais uma conquista numa época que, apesar de desgastante, tem sido muito prazerosa. Não foi a primeira vez que fui abordado pelo mercado dos Emirados Árabes Unidos. Já tinha surgido a oportunidade de treinar não só este clube, mas também um outro no ano passado. Quando me falaram deste projeto percebi de imediato que podia ser um passo interessante para a minha carreira. O facto de ser um projeto sério e de, ainda por cima, haver ideias de lutar por títulos pareceu-me bem. Nós, treinadores, vivemos disso, embora não seja possível estar sempre nesse tipo de projetos.