Meia dúzia de golos e uma dose de esperança
A zona Oeste foi palco de um jogo de loucos. O CD Mafra chegou a estar a vencer por 3-1 e parecia ter o jogo controlado, até pelo que mostrava em campo, mas a Oliveirense mostrou ainda ter vida e conseguiu um suado empate por 3-3, que a mantém vida na luta pela manutenção na Liga Portugal SABSEG.
Claramente mais pressionada na tabela classificativa, a Oliveirense visitava o cómodo CD Mafra. Os mafrenses, apesar dessa menor pressão, entraram muito melhor, pressionando bem, impedindo a posse adversária e dinâmicos no ataque, dificultando o trabalho defensivo da Oliveirense através de constantes permutas posicionais entre os seus médios e avançados. Por isso, os mafrenses chegaram com naturalidade ao 2-0, primeiro por Diao, num canto estudado, aos 12′, e depois por Rodrigo Matos, numa transição rápida bem conseguida, aos 22′.
Os comandados de Ricardo Chéu eram obrigados a reagir e depois desse 2-0 finalmente deram ares da sua graça e chegaram ao golo, por João Paulo Queiróz, aos 31′. O brasileiro aproveitou um corte defeituoso, após cruzamento na esquerda, e reduziu. O jogo ficou ligeiramente mais partido a partir daí, mas os comandados de Silas continuavam claramente mais confortáveis com bola e a Oliveirense ia tendo dificuldades no último terço até ao intervalo.
Apesar de estar em vantagem, o CD Mafra voltou a entrar melhor na 2ª parte, novamente dinâmico e a sufocar a Oliveirense na sua defesa e a aproveitar o espaço a mais que agora havia, fruto do maior atrevimento ofensivo adversário. Numa transição, aos 56′, Nibe aproveitou a defesa incompleta de Nuno Macedo, e o péssimo posicionamento de Guilherme Soares, que o colocou em jogo, e fez o 3-1. Tudo parecia resolvido.
Contudo, a Oliveirense respondeu prontamente e apenas três minutos depois, após um cruzamento na direita, reduziu por Michel Lima, mostrando que ainda tinha vida. Isto galvanizou os de Oliveira de Azeméis e foram para cima dos mafrenses, acabando mesmo por conseguir um dramático empate, aos 66′, num remate de fora da área de Sangaré.
Ainda havia muito tempo para jogar e o jogo foi ficando cada vez mais partido, notando-se o cansaço de ambas as equipas. O Mafra foi quem teve mais bola e quem esteve mais perigoso na ponta final, especialmente por Sturgeon e Lucas Gabriel, mas a Oliveirense agarrou-se ao ponto e o empate a três bolas persistiu.