Há trabalho a fazer, Portugal!

Há trabalho a fazer, Portugal!

O jogo era de preparação e Roberto Martínez fez muitas experiências (e bem, nesta fase), mostrando que há potencial em certas combinações e momentos de jogo, mas também ficou bem patente que há trabalho a fazer. Portugal venceu a Finlândia por 4-2, mas ainda não convenceu totalmente.

Era dia de primeiro teste de Portugal antes do Euro 2024 e uma das maiores curiosidades passava por perceber o desenho apresentado por Roberto Martínez. A escolha passou pelo 4x3x3 e por muitas oportunidades e experiências, como se via pela titularidade de José Sá, um meio campo composto por Palhinha, João Neves e Vitinha e um trio ofensivo composto por Rafael Leão, Diogo Jota e Francisco Conceição.

Como esperado, face à diferença qualitativa entre as duas seleções, Portugal assumiu as rédeas do jogo desde o apito inicial. Vitinha e João Neves ficaram com a missão de mexer no miolo e foram sendo bem interventivos, enquanto nas alas víamos ambos os laterais quase sempre em busca de movimentos interiores – Nuno Mendes perdia-se um pouco nestes -, para permitir aos extremos explorar a largura e tentar, assim, arranjar espaço para os movimentos dos colegas.

A Finlândia defendia-se em bloco baixo, em 4x5x1, com todos atrás da linha da bola e era bem direta no seu jogo, procurando a referência Benjamin Kallman, mas fora um lance onde este driblou bem António Silva na direita, foi bem inofensiva. A Seleção das Quinas, mesmo sem se mostrar muito forte na pressão à posse adversária, tinha em Palhinha o «bombeiro de serviço» e isso foi permitindo recuperar a bola frequentemente e com relativa facilidade.

O primeiro momento de festa em Alvalade surgiu aos 17′, quando Rúben Dias aproveitou o canto batido na esquerda e, ao segundo poste, cabeceou para o 1-0. O jogo estava desbloqueado, mas a verdade é que o ritmo baixou um pouco depois disso e ficou algo dependente de iniciativas individuais, onde se iam destacando Leão, Conceição e Cancelo, alternadamente. Além disso, os movimentos interiores de Vitinha faziam a diferença, mas era um recurso pouco explorado.

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