Máquina bem oleada sem combustível Nenê

O AVS mostrou uma taxa de eficácia bastante acentuada e, como tal, levou a melhor diante do Paços de Ferreira (0-4), no Estádio Capital do Móvel. Um resultado preponderante para os comandados de Jorge Costa para a luta pela subida ao primeiro escalão do futebol lusitano.

Ambas as formações entraram em campo num 4-3-3 vincado, com um atleta a ocupar uma zona mais recuada do miolo. No lado da turma da casa, foi Luiz Carlos a desempenhar esta função, sendo o pêndulo da construção. Na outra face da moeda, Fábio Pacheco foi o escolhido, fruto da sua capacidade no passe curto e longo.

O embate começou frenético, com as duas equipas a terem os olhos postos nas respetivas balizas adversárias. Contudo, na hora de visar o alvo, a mira não esteve particularmente afinada. Que o diga Gorby que tentou, em múltiplas ocasiões, disparos na meia distância.

O tento inaugural acabaria por chegar aos 28′, através de Talles Wander. O brasileiro entrou nas opções iniciais em detrimento do goleador Nenê, que viu a cartolina vermelha no último embate, diante do FC Porto. A oportunidade foi bem aproveitada, já que o jovem jogador deu o melhor seguimento ao amortecimento do esférico por parte de Luís Silva. O primeiro tento pela equipa, no seu sexto encontro.

Os visitantes continuaram com uma pressão adiantada, procurando alcançar uma margem mais tranquila no resultado. Se o primeiro tempo não teria mais incidências, o segundo foi bastante diferente. Na sequência de uma excelente defesa de Jeimes à tentativa de Stênio, John Mercado apareceu no sítio certo à hora certa, finalizando de forma eficaz, em posição vantajosa.

O registo individual do equatoriano não terminou por aqui. Aos 65′, Stênio, um jogador em grande plano neste jogo, tabelou com um companheiro e, posteriormente, serviu o extremo, que teve apenas que encostar o esférico em direção da baliza deserta. Certamente, um dos golos mais fáceis da sua carreira.