Duas operações, um problema cardíaco e uma depressão: 1000 dias depois, o regresso aos relvados

Duas operações, um problema cardíaco e uma depressão: 1000 dias depois, o regresso aos relvados

A vida de Nathan Ofoborh deu várias voltas nos últimos anos. Por norma, um jogador que disputa a League Two pelo Swindon Town não seria «interessante» para o contexto português, mas a história do médio nigeriano conta com várias peripécias pelo meio, sobretudo desde 2021/2022.

Depois de mais de três anos afastado dos relvados, o médio regressou à competição a 29 de março, quando faltavam cinco minutos para o apito final. Gavin Gunning lançou o camisola 59 e colocou um ponto final num calvário de mais de 1000 dias.

«As últimas três semanas têm sido surreais. Quando estava a aquecer, não podia acreditar que ia regressar à competição. A bola estava a demorar eternidades para sair e só olhava para o relógio (…) Tive o pressentimento que ia voltar a jogar, mas não contei a ninguém», referiu, em entrevista ao The Athletic.

A razão deste afastamento? Um problema no coração detetado, numa fase inicial, no final de 2020, quando estava num treino do Bournemouth. «Não conseguia ouvir grande coisa, sem ser o meu coração a bater: boom, boom, boom. Senti que ia desmaiar, mas agachei-me e o problema desapareceu», explicou, em declarações à referida fonte.

A situação voltou a acontecer duas vezes numa semana, então em março de 2021 e em contexto de jogo, nos minutos finais contra o Queens Park Rangers e o Preston. A partir daí, depois de vários exames, foi impedido de voltar a jogar (já tinha assinado contrato com o Rangers), uma situação que teve bastantes dificuldades em ultrapassar.

«Não sabia muito bem o que dizer relativamente às palavras do doutor. Só fui para dentro do meu carro e comecei a chorar. Foi aí que me apercebi que os cenários iam começar a mudar de forma», explicou.

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