A Luz sentirá saudades

A Luz sentirá saudades

Depois de oito anos de águia ao peito, Rafa Silva dificilmente podia ter pedido uma despedida melhor da sua casa de longa data, o Estádio da Luz. O avançado bisou, encheu o campo e guiou o Benfica a uma confortável vitória por 5-0 frente ao Arouca. A Luz, certamente, sentirá saudades, Rafael.

Era a despedida do Estádio da Luz esta época, com Benfica e Arouca a encontrarem-se. Do lado encarnado, Roger Schmidt promovia duas alterações, chamando ao onze Florentino Luís e Rafa Silva, que se despedia da Luz a avançado, perante as lesões de Marcos Leonardo e Arthur Cabral. Do outro lado, Daniel Sousa promovia uma mini revolução no onze inicial, com cinco mexidas face ao último jogo e as entradas de De Arruabarrena, Tiago Esgaio, Bambu, Weverson e Pedro Santos.

Mesmo jogando na Luz, o Arouca entrou a pressionar alto e a tentar dificultar a construção do Benfica, mas os encarnados foram tentando explorar essas linhas de pressão altas, chamando os extremos a jogo e dando largura nas costas dos laterais, muito adiantados. Este era o cenário perfeito para o avançado «selvagem» Rafa, que quase marcava, por duas vezes, aos 6′, ambas na transição. De resto, o Benfica entrou bem com bola, ofensivo e ia conseguindo contrariar o atrevimento arouquense.

Do outro lado, com bola, os comandados de Daniel Sousa iam tentando também construir a partir de trás e ter bola e até conseguiram ter o esférico na sua posse durante períodos de tempo consideráveis, mas ia faltando aquela referência na frente a que estavam habituados, Mújica. Com o Benfica a crescer, o Arouca tentou jogar mais na transição, mas os encarnados estavam a reagir bem à perda e iam-se mostrando confortáveis na partida.

Sem Neres, coube a João Mário assumir a ala esquerda e o internacional luso conseguiu, com movimentos de deambulação para o meio, aproximar-se um pouco do que fazia na época passada. Foi assim que fez a diferença e, aos 24, ganhou penálti, por mão na bola. A Luz pediu que Rafa assumisse, Di María foi dar a bola ao colega, mas este rejeitou e o argentino assumiu com sucesso. Três minutos depois, apesar dessa rejeição, a Luz «parava» para, de pé, aplaudir e cantar por Rafa Silva, na sua despedida deste palco.

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