Gonçalo Santos e o jogo em Braga: «Valeu cada cêntimo das pessoas»
O Casa Pia AC perdeu, este domingo, na visita ao SC Braga (4-3). No final da partida, o treinador dos gansos, Gonçalo Santos, analisou o duelo na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga.
Análise ao jogo: «Acho que foi um excelente jogo de futebol. Valeu cada cêntimo das pessoas que compraram o bilhete e valeu o tempo das que estiveram em casa a assistir. Um jogo com sete golos, muita incerteza no resultado… É destes jogos que a gente precisa, destas equipas com vontade de jogar para ganhar. É verdade que já tínhamos o objetivo cumprido e a equipa soltou-se durante o jogo, procurou ter muito a bola e encontrar os espaços. Fomos superiores em vários momentos do jogo. Fizemos um grande jogo, é a imagem do Casa Pia AC que a gente quer ver mais vezes e do excelente trabalho que fizemos ao longo da época.»
O que falhou para chegar ao 3-4 com mais um elemento: «Quando o SC Braga ficou com menos uma unidade, fizemos alterações para tentar o 3-4. Não tínhamos nada a perder aqui hoje e não queríamos o empate. O SC Braga faz dois grandes golos fora da área, em transições ofensivas nossas que deram perda de bola. Faz parte. O SC Braga pressionou e se nós saímos bem daquela pressão, poderíamos ser nós a fazer o golo. O SC Braga fez grandes golos e a definição desse detalhe é que faz com que o resultado tenha sido favorável para eles. Acho que fomos sempre a equipa mais confortável no jogo e próxima de ganhar ao longo dos 90 minutos.»
A opção por Pablo Roberto no lugar de Felippe Cardoso: «Hoje optámos por uma pressão diferente do que temos vindo a fazer. Jogámos com o Nuno mais na frente e o Pablo numa zona mais híbrida, entre a esquerda e o meio. Sabíamos que o SC Braga jogava com três médios e que a vantagem estaria sempre ao lado do ‘6’, que hoje foi o João Moutinho. Metemos o Nuno para criar ainda mais superioridade, porque sabíamos da obrigação que o SC Braga tinha de ganhar o jogo. Sabemos, e eu também fui jogador muito tempo, que é muito difícil para os centrais saltar entre linhas, muito mais quando é no meio-campo ofensivo, e queríamos criar essa superioridade ao lado do Moutinho e atrás do Ricardo Horta e do Zalazar. Penso que foi conseguido, deu-nos longos períodos de posse, tranquilidade e muitas saídas para o ataque, não em transição mas a atrair muitas vezes. Acredito que o SC Braga não estivesse preparado para isso, mas penso que também foi uma das grandes armas do nosso jogo. A equipa sentiu-se confortável e foi sempre criando perigo. Fazer três golos em Braga… São poucas as equipas que o fazem e penso que isso mostra a nossa qualidade.»