Bayer leve, levemente, como quem chama por mais troféus
Bate tão levemente, esta campanha histórica, mas avança como uma bola de neve e engorda com todos os recordes que vão sendo engolidos pelo caminho…
Desta vez foi em Roma, num Stadio Olimpico onde há um ano, nesta mesma fase da Liga Europa, o Bayer Leverkusen perdeu por 1-0 e caiu por esse mesmo resultado no agregado. A vingança serviu-se fria mas terna, como uma balada de neve, e o 0-2 que deixa os alemães com pé e meio numa final europeia.
Foi assim, com Grimaldo e Wirtz equipados de branco, que foi dado mais um passo em direção a um triplete tão histórico como impensável. Lukaku e Abraham podiam ter mantido os italianos na discussão, mas o seu desperdício encerrou, praticamente, a conversa.
A invencibilidade, no contexto do futebol, é algo muito frágil. Muitas equipas seguram-na durante vários meses na temporada, até ao inevitável tombo, mas há uma que ameaça levar esse rótulo até ao fim. Parece tatuado, numa pele grossa que é quase armadura para o enredo que os adversários tentam escrever. Ninguém passa, no fim.
Esta visita a Roma foi o 47° capítulo de uma temporada que já é histórica, mas a visita à capital italiana, onde reside um dos poucos fantasmas do passado de Xabi Alonso como treinador, prometia desafiar a tal invencibilidade. A cabeçada de Lukaku à trave, lance ladeado por dois remates ambiciosos de Dybala, ameaçou isso mesmo, até o campeão alemão entrar em cena.