O reverso da moeda
Em Braga, João Mendes gelou o estádio com um empate aos 90+7. Em Guimarães, Rony replicou-o, quatro minutos mais cedo e deu a vitória aos bracarenses por 2-3, em cima do apito final. Final de emoções, numa partida marcada pelo ritmo imprimido pelos intervenientes. Este resultado confirma o quinto lugar dos conquistadores e deixa o Braga a depender apenas de si mesmo para completar o pódio.
Num dos derby’s minhotos com mais em jogo nos últimos tempos, o Vitória entrou melhor e marcou cedo, por Bruno Gaspar, após um trabalho notável de André André. Depois de quinze minutos de grande nível, o Braga descobriu as chaves da caixa forte que era a pressão vitoriana e, depois disso, controlou toda a meia hora seguinte. Bruma empatou numa grande jogada coletiva e, não fosse um fora de jogo de Abel Ruiz, teria bisado em cima do intervalo. Em três minutos, dos 78 aos 81, houve loucura. Reviravolta e empate restabelecido, autoria de Ricardo Horta e Ricardo Mangas. No final, Rony fez magia e deu a vitória aos forasteiros.
Ainda a partida não havia começado, já havia fogo de artifício nas bancadas vitorianas, repletas de gente vestida de branco. O Inferno Branco – de casa praticamente cheia – lançou os foguetes antes da festa, pronuncio de que as coisas poderiam não muito bem. Victor Gomez, aos 2´, tentou logo fazer os da casa apanhar as canas mas um desvio de Varela e a barra evitaram um golaço a abrir o derby.
Não entrou de um lado, entrou do outro. Pouco depois, ainda antes dos dez minutos, André André fez Niakaté ajoelhar – e lembrar os seus melhores anos – e assistiu Bruno Gaspar, que após falha de Borja no posicionamento, só teve de encostar. Festa em Guimarães, num momento também comunhão entre jogadores e adeptos.