José Morais quer treinar o Benfica: «Há apostas que não são de risco»
Aos 58 anos, José Morais é um dos treinadores portugueses com mais vasto currículo internacional. Depois de, entre outras experiências, ter sido adjunto de José Mourinho no Inter de Milão, no Real Madrid e no Chelsea, o técnico está atualmente no Sepahan, do Irão.
Na terceira parte da entrevista, o treinador reassume o desejo de treinador o Benfica e recorda os momentos em que se cruzou com Rúben Amorim, Xabi Alonso e Thiago Motta, agora treinadores de Sporting, Bayer Leverkusen e Bolgna.
A primeira parte da conversa pode ser lida aqui; a segunda pode ser consultada aqui.
Zerozero: Há poucos meses referiu que não duvida da sua capacidade para ser treinador do Benfica. Mantém o sonho/objetivo de orientar a nível sénior o clube onde já foi treinador de formação?
José Morais: Mantém-se vivo porque é preciso estar-se vivo para se ter esta oportunidade. Mantenho essa convicção pelo conhecimento que adquiri e pelas experiências que fui vivendo. Há momentos em que as apostas não são de risco. Quando olhamos para alguém que tem determinado passado e determinado tipo de experiências, há apostas que não são de risco. Quem passa por balneários como o Inter de Milão, Real Madrid e Chelsea, quem trabalha com balneários de Liga dos Campeões e com os melhores jogadores do mundo… Estas qualidades existem e são as necessárias para liderares balneários de equipas que lutam para ser campeãs. Hoje em dia, tens também influência mediática que te fazem ser mais ou menos contestado em relação aos resultados. No entanto, tens treinadores que têm capacidade para criar resultados face às possibilidades que têm de liderar determinados grupos pelo passado e experiência que tiveram; e outros que têm menos capacidade para criar esses resultados porque a experiência que têm não lhes permite encontrar soluções quando surgem determinadas situações.