José Morais no Irão de olhos em Portugal: «Tenho um tesouro que gostava de partilhar»
Aos 58 anos, José Morais é um dos treinadores portugueses com mais vasto currículo internacional. Depois de, entre outras experiências, ter sido adjunto de José Mourinho no Inter de Milão, no Real Madrid e no Chelsea, o técnico está atualmente no Sepahan, do Irão.
Nesta primeira parte da entrevista, conversamos com José Morais sobre a realidade que encontrou no país do Médio Oriente, o conflito armado entre o Irão e o Iraque e um eventual regresso a Portugal.
A segunda parte da entrevista pode ser lida aqui; a terceira parte da conversa está disponível aqui.
Zerozero: Estamos a falar na reta final do campeonato iraniano. Que balanço faz da temporada 2023/24 do Sepahan?
José Morais: Se terminarmos em terceiro lugar [posição que o clube ocupa neste momento], é quase como ganhar o campeonato. Houve muitas questões, talvez devido ao facto de ter sido um ano de eleições e de, politicamente, haver outro tipo de interesses que não o Sepahan ser campeão porque não tem as massas Esteghlal Tehran e do Persepolis, por exemplo. Muitas das decisões que foram tomadas criaram bastante instabilidade dentro do clube. Houve o afastamento do presidente, a divulgação de contratos para a opinião pública, arbitragens que em determinados momentos da época eram incompreensíveis… Depois há a forma como reagimos a essas situações, que a partir de determinado momento nos impediu de conseguirmos os resultados que nos podiam ter catapultado para o caminho que estávamos a seguir no início- começámos o caminho com cinco vitórias nas cinco primeiras jornadas.