A Feira vai voltar a parar ao fim de 40 anos: «É como se fosse um FC Porto – Benfica»
A viagem é curta, mas desperta nos habitantes de Santa Maria da Feira todas as emoções que só o futebol pode proporcionar. A semana é especial e no concelho não se fala de outra coisa por estes dias: quase 40 anos depois do último episódio, a maior rivalidade concelhia vai voltar a aquecer. Lusitânia de Lourosa. CD Feirense. Não 90, mas 180 minutos – no mínimo – capazes de teletransportar a mente do adepto para as tardes da década de 80 onde os confrontos eram habituée.
Do Estádio do Lusitânia FC Lourosa ao Marcolino de Castro a distância parece ter sido calculada com a precisão de um relógio suíço: exatos oito quilómetros. Clubes vizinhos e uma rivalidade acérrima que o tempo não apagou, mesmo que os caminhos não se tenham cruzado no tapete verde, mas que vai agora reacender. Na manhã de domingo, Santa Maria da Feira volta a parar por ordem de um dérbi concelhio que já não se via desde 1986/87 em competições oficiais.
As duas equipas não jogam oficialmente desde que o CD Feirense afastou o Lusitânia de Lourosa na terceira eliminatória da Taça de Portugal, em 1986/87. No plantel estava um jovem guarda-redes, Alfredo, que dedicou mais de dez anos – repartidos em duas passagens – da carreira aos leões de Lourosa. «Antigamente era diferente…», contou ao zerozero. Uma expressão que muitas vezes surgiu ao longo da conversa.
«Nesses 90 minutos, mesmo que tivesse um irmão a jogar… Antigamente do pescoço para baixo era canela, como se costuma dizer», disse o antigo guardião ao nosso portal, recordando anos onde a rivalidade se vivia não só fora, mas também dentro de campo e os dois conjuntos partilhavam o mesmo patamar no futebol nacional. ‘Então e como se vivia a antecâmara de um dérbi entre as duas equipas?’, quisemos nós saber, em busca de tentar encontrar o que possa ser o estado de espírito atual dos protagonistas de hoje em dia.